Do meu ponto de vista como teólogo e filósofo e tendo estudado os seus escritos e práticas da religião da Scientology, posso afirmar com firmeza que Scientology é uma religião, no sentido mais lato da palavra.
A comunidade de pessoas unidas por um complexo corpo de crenças na sua busca do infinito, do sagrado, procurando colocar o Homem na sua devida relação com o divino, é o que se encontra ao examinar as crenças e práticas da religião de Scientology.
Não se pode ver nenhuma religião sem este fator que envolve um comportamento específico relativamente a esta realidade espiritual. Scientology parece girar especialmente em torno do facto da sobrevivência e da salvação, conceitos claramente expressos por Xavier Zubiri como princípios inerentes em qualquer experiência religiosa. A associação ou não com um Deus não altera de modo nenhum a realidade dessa experiência. Este não é o caso de Scientology, porque os Scientologists confirmam a sua busca de Deus e do infinito na sua oitava dinâmica, embora não o glorifiquem. De facto, uma das acusações que mais separa o islamismo do catolicismo é que este, dizem os muçulmanos,
As raízes de Scientology (o budismo e os Vedas) já salientam que só através de um conhecimento completo de si mesmo se pode começar a conhecer e amar Deus.
Como a religião é um impulso universal, como sustentam os ecuménicos, não podemos esquecer que o próprio catolicismo teve de passar por um longo estágio de formação e uma história contínua de crises e de reformas até adotar a «forma final» que conhecemos hoje. O islamismo, o judaísmo e o budismo passaram por estágios semelhantes e durante muito mais tempo do que os poucos anos que a Igreja de Scientology teve para se organizar completamente numa forma e aspeto completamente organizados.
O islamismo, o judaísmo e o budismo passaram por estágios semelhantes e durante muito mais tempo do que os poucos anos que a Igreja de Scientology teve para se organizar completamente numa forma e aspeto completamente organizados.
O claro confronto de Scientology com as doutrinas «científicas» da psicologia e da psiquiatria que negam a bondade do homem, como é afirmado por Scientology, livra esta religião ainda mais de qualquer confusão. Scientology só valoriza a essência espiritual do homem, a sua bondade inata, a sua imortalidade e a sua busca do infinito como meta final. A novidade aqui é que o seu fundador desenvolveu a religião de Scientology como um corpo de conhecimento e práticas que direcionam o homem para esses objetivos. Confundir isso com uma tentativa de «terapia» ou de «cura» é fácil de imputar à superficialidade de opiniões mal documentadas.
Somente uma religião completa e de
Sem entrar em considerações administrativas, jurídicas ou tributárias, reafirmo que Scientology atende plenamente às exigências que podem ser feitas a qualquer religião.
Scientology atende à sua verdadeira natureza religiosa e não persegue outros objetivos que não sejam os que têm a ver com a natureza espiritual do homem.
Urbano Alonso Galán