Embora a religião em si seja sempre normativa, visto que cada religião difere uma das outras, especialistas modernos em estudos religiosos (antropólogos, sociólogos e estudiosos comparativos de religiões) procuram discutir as normas sem que eles próprios se tornarem comprometidos a elas. Estudiosos modernos procuram manter a objetividade e uma neutralidade ética. No entanto, o desenvolvimento de uma profunda neutralidade no estudo da religião tem sido alcançado lentamente. Alguns estudos contemporâneos sobre a comparação de religiões ainda revelam preconceito. Até mesmo nas ciências sociais, que estão explicitamente comprometidas a um inquérito livre de avaliações, certos preconceitos são visíveis no trabalho feitos nos anos entre as guerras. Em particular, era muitas vezes assumido de uma forma infundada que o curso de mudança religiosa era análogo ao processo de evolução biológica, e que a religião das nações mais avançadas eram necessariamente «superiores» às de outros povos. Essa suposição foi prontamente aceite por estudiosos Cristãos. Para outras pessoas, (visivelmente o Sir James Frazer)
Hoje em dia, já não é assumido por eruditos que a crença em uma divindade consista em algum sentido numa forma mais elevada de religião do que acreditar em várias divindades ou nenhuma.
À medida que eruditos se tornavam conscientes do facto da diversidade empírica da religião em sociedades diferentes, a sua concepção do que constituía uma religião tinha de mudar, cada vez mais conotava fenómenos que tinham semelhança familiares em vez de uma identidade comum, e que manifestavam semelhanças de padrões de comportamento em vez de uma identidade de substância real. A tomada de consciência surgiu quando a religião já não podia ser definida em termos específicos como uma tradição em particular. Assim, os itens concretos que pertencem ao Cristianismo e que, em qualquer etapa anterior, tinham sido considerados essenciais para a definição de religião agora estavam a ser meramente exemplos de mais categorias gerais que poderiam ser incluídas numa definição. A especificação de tais elementos concretos foi substituída por formulações mais abstractas que abrangessem uma variedade de tipos de crenças, práticas e instituições que, embora longe de ser intrinsecamente idênticas, poderiam ser consideradas como equivalentes funcionais. Uma vez que tal conceptualização fosse desenvolvida,